Presidente do Grêmio, Romildo Bolzan falou, em entrevista para a Rádio Grenal, sobre a situação de injúria racial do lateral Rafael Ramos, do Corinthians, sobre o volante Edenilson, do Internacional. O mandatário defendeu o jogador do Colorado.
“Foi surpreendente esse fato com o Edenilson, se é verdadeiro e eu não tenho essa confirmação, acho que ninguém tem, foi absolutamente repugnante, porque é algo de colegas de trabalho. As vezes pode dizer na cultura do jogo, no embate do jogo. Mas, hoje em dia, isso sempre tem uma ação dolosa de realmente repulsa e repugnância social”, afirmou Bolzan.
O presidente do Grêmio destacou que esse tipo de ofensa não é válida no futebol. Romildo falou sobre a democracia que envolve o futebol e demonstrou apoio ao jogador do Internacional.
“O futebol talvez é o esporte mais democrático que existe, por conta de que independente da sua cor, o que importa é o seu talento. Tu ver um ser humano que tem esse talento e depois pode ser um colega, uma pessoa da rua e fazer disso uma provocação de contestação, de menosprezo por conta da cor, é absolutamente repugnante”, salientou o mandatário.
Perito avalia situação entre Edenilson e Rafael Ramos
O perito judicial Roberto Meza Niella, especialista em leitura labial e diretor de consultoria pericial, confirmou que o lateral Rafael Ramos, do Corinthians, usou a palavra “macaco” ao falar com o meia Edenilson, do Internacional.
A Rádio Gaúcha enviou as imagens da transmissão televisiva no momento em que Ramos falou com Edenilson. O perito analisou o caso e afirmou, em entrevista ao programa Timeline, que tem certeza sobre a injúria racial do atleta do Alvinegro.
“Eles estão de frente para a câmera e é possível ler o posicionamento dos lábios do Ramos. Podemos identificar de forma tênue a frase que todo mundo está dizendo, que é a palavra ‘macaco’. E vem na sequência um palavrão que não fica muito claro na definição dos lábios dele”, destacou Niella.