O clássico Gre-Nal do próximo domingo (25), no estádio Beira-Rio, não terá a presença do VAR. Após muito tempo, o enfrentamento não contará com a tecnologia. A situação gerou muita discussão nos bastidores nas últimas semanas.
A decisão foi tomada no congresso técnico da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) ainda antes do torneio. Na ocasião, foi definido que nenhum jogo da fase classificatória do Campeonato Gaúcho de 2024 teria o recurso eletrônico.
Nos últimos anos, o regulamento definia que qualquer jogo poderia ter VAR, dependendo apenas que as equipes arcassem com o custo – não havia qualquer tipo de limitação. Neste ano, foi batido o martelo de que não haveria exceção.
Por conta da definição, nenhum clube tem permissão para pagar pelo uso da arbitragem de vídeo, que será implementada apenas na fase eliminatória. O entendimento da FGF é de que a utilização do VAR somente no Gre-Nal ou algum outro jogo pontual acarretaria na falta de equilíbrio da competição.
“Os clubes decidiram no conselho técnico que não queriam VAR na primeira fase. Mencionamos que, diante dessa decisão, não haveria exceção, pois geraria desequilíbrio técnico na competição“, explicou Luciano Hocsmann, presidente da FGF.
Federação Gaúcha bate o martelo sobre o Gre-Nal
Por conta disso, embora o debate sobre o uso do VAR esteja em alta nos últimos dias, os clubes já estavam cientes sobre a decisão da Federação Gaúcha. O regulamento já havia definido que o VAR será implantado somente a partir das quartas de final da competição.
Para contar com a arbitragem de vídeo em toda a competição, a Federação precisaria desembolsar R$ 2 milhões — R$ 30 mil por jogo. Além disso, os clubes precisam viabilizar as condições necessárias para que os estádios sejam homologados para receber jogos com VAR.