A antiga gestão do Inter continua tendo nomes ligados com a Operação Rebote, que aponta desvio milionário dos cofres colorados durante a administração do ex-presidente Vitorio Piffero, entre 2015 e 2016. Além dos réus que participaram ativamente no clube, o engenheiro civil Ricardo Bohrer Simões e o contador Adão Silmar de Fraga Feijó receberam pena de oito anos e oito meses cada em regime inicialmente fechado.
Simões e Feijó participaram do esquema ao apresentar notas e documentos falsos que justificaram o pagamento do Inter por serviços que nunca ocorreram. A informação foi divulgada conforme a sentença da 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.
A investigação ainda apura que o presidente Vitório Piffero, o vice-presidente de finanças da gestão, Pedro Affatato, o vice-presidente de Patrimônio, Emídio Marques, e Carlos Eduardo Marques, engenheiro ligado à vice-presidente de patrimônio do Colorado, além dos dois empresários, desviaram a quantia de R$ 12,8 milhões durante o período no Inter.
Simões e Feijó se defendem de esquema no Inter
O advogado Rafael Ariza, que representa Ricardo Bohrer Simões e Adão Silmar de Fraga Feijó, ressalta que ambos foram absolvidos em relação às denúncias de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A informação foi confirmada em nota para a GZH. A defesa acredita que a sentença sofrerá alterações nas condenações por estelionato e organização criminosa.
“A decisão acertou em absolver RICARDO e ADÃO em relação aos delitos de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, mas os acusados confiam que a sentença será modificada em relação aos delitos de estelionato (pois não obtiveram qualquer vantagem ilícita em razão dos fatos apurados) e organização criminosa (eis que jamais fizeram parte de qualquer associação de pessoas com o fim de cometer crimes contra o Sport Club Internacional)”, disse na nota.