A jornada de Mano Menezes tem sido gradativa no Inter. A equipe comandada pelo treinador ainda não conheceu a derrota e espera manter o retrospecto no próximo sábado (21), na partida contra o Cuiabá. Depois de assumir um time com perspectivas de brigar pelo rebaixamento, o treinador transformou as esperanças do torcedor em menos de dois meses.
Algumas indicativas apontam os motivos do time ter se encontrado. Desde o primeiro jogo sob o comando de Mano, a equipe mudou totalmente a postura que apresentava na temporada.
Base esquemática para o time titular
Uma das grandes diferenças entre Mano e seu antecessor, é que o técnico gaúcho em pouco tempo encontrou um esqueleto para o time. Apesar da rodagem no modelo e a troca de algumas peças, Mano possui uma base definida e vem mantendo a cada jogo.
Distribuição correta das posições
Outro mérito do comandante foi devolver alguns jogadores as suas posições de origem. O grande exemplo foi a evolução de Edenilson. Sob o comando de Medina, o meia atuava como extrema no setor direito de ataque, com isso, a mudança ocasionou na queda do seu rendimento. Depois do ingresso de Mano, o camisa 8 regressou a sua função e vem se saindo bem.
Ingresso dos reforços
Algo que precisa ser ressaltado na comparação com o trabalho anterior, é que Mano está podendo usufruir das contratações. Próximo a saída de Medina, diversos jogadores chegaram ao time. O ingresso de Wanderson, De Pena, Vitão e Alan Patrick, certamente estão ajudando na consolidação do trabalho do atual comandante.
Comunicação com a imprensa
Uma das grandes virtudes de Mano Menezes é sua comunicação. Diferente dos treinadores estrangeiros que tiveram passagem recente pelo Inter, Mano conhece muito bem o futebol gaúcho e sabe lidar com a pressão. Algo que evidencia isso, é que apesar dos sete jogos de invencibilidade, o Inter não vencia há quatro antes de derrotar o Medellín. Mesmo assim, o treinador não foi pressionado pela imprensa.
Uso da força do Beira-Rio
Desde o regresso do torcedor ao Beira-Rio, o Inter ainda não tinha feito valer o mando de campo. Com Diego Aguirre, a temporada já estava se encerrando, e com exceção do Grenal que encaminhou o rebaixamento tricolor, a força do Gigante não se evidenciou nas últimas partidas da temporada. Com Medina, a situação foi pior, em diversos jogos, um ambiente tomado por vaias cercou o trabalho do uruguaio.
Já com Mano Menezes, o time retomou a imposição dentro de casa e está cada vez mais forte. Apesar de ter vencido apenas uma vez sob seu comando, a equipe cria chances com muita intensidade desde o apito inicial.