Em sessão nesta quinta-feira (14), o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul acatou os argumentos do Ministério Público do Rio Grande do Sul e deferiu o recurso que pedia a continuidade da ação penal envolvendo as investigações sobre a gestão de Vitorio Piffero no Inter, entre 2015 e 2016. O processo apura o crime de estelionato, entre outros.
A decisão do Tribunal de Justiça reverte a extinção do processo sem análise do mérito. “Aquela decisão levaria à extinção do processo e à não punição dos culpados. Por isso, o Ministério Público recorreu e, ontem (quinta-feira), o Tribunal de Justiça acolheu o nosso pedido. Agora, o ‘núcleo futebol’, que é o mais atrasado de todos aqueles que envolveram aquela gestão, terá continuidade normal”, afirmou o promotor Flávio Duarte.
O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) que apura possíveis delitos na gestão Piffero foi iniciado em novembro de 20117. O Ministério Público, inclusive, até chegou a realizar uma operação de busca e apreensão nos endereços residenciais e profissionais de 20 suspeitos. De acordo com as investigações, que incluíram a quebra do sigilo bancário dos acusados, Pellegrini teria obtido mais de R$ 230 mil em “comissões” para viabilizar negociações.
O profissional teria envolvimento direto em transações de jogadores como Paulo Cézar Magalhães, Cláudio Winck, Alisson, Ariel e Réver. Além do ex-vice de futebol, Carlos Pellegrini, o Ministério Público também investigou e apresentou denúncias à Justiça sobre outros temas, incluindo obras, patrimônio e turismo. O caso segue tramitando em julgamento.
Ministério Público indica que Inter foi prejudicado
A situação gerou bastante revolta nos torcedores do Internacional, já que o clube pode ter sido prejudicado constantemente durante a gestão do ex-presidente Vitorio Piffero. Contudo, apesar da suspeita forte sobre os nomes acusados, o caso ainda está em julgamento e novidades ainda serão divulgadas nos próximos meses.