Uma das decepções dos torcedores do Internacional e de amantes do futebol brasileiro em geral é a de ter que jogar com atletas genéricos e inventados nos jogos de videogame, como o Fifa. Enquanto nos demais clubes do mundo, as escalações são feitas fielmente com o que acontece na atualidade.
Esse problema acontece por conta da Lei Pelé, que faz com que esse direito de imagem tenha que ser negociado individualmente com cada atleta de cada clube, o que inviabiliza para as empresas desenvolvedoras esse processo de fidelização.
Porém, com a regularização da situação com atletas de fora, alguns jogadores do Internacional atualmente podem ser utilizados no game, devido às escalações do jogo serem referentes aos elencos do ano passado. Wesley Moraes, Alan Patrick, De Pena, Vitão e Fabricio Bustos são os jogadores do time gaúcho que podem ser utilizados no Fifa 22.
Como funciona para atletas brasileiros e do Inter aparecerem nos jogos?
Os passos que a empresa desenvolvedora de um jogo precisa seguir para colocar fielmente os elencos e times brasileiros foram explicados pelo advogado especializado em direito desportivo, Carlos Ambiel. “Há dois tipos de licenciamento distintos que precisam ser feitos pelas empresas interessadas em utilizar as equipes brasileiras de futebol e seus atletas em jogos de videogame”, começou.
Primeiro é necessário obter licenciamento das próprias equipes, para que possa ser utilizado o nome, o símbolo e até a camisa, uma vez que tais propriedades são protegidas por lei e não podem ser utilizadas comercialmente por terceiros, sem autorização expressa do titular”.
“No Brasil, como não existe uma associação com poderes para representar os clubes em suas propriedades ou para fazer licenciamentos coletivos, as negociações são feitas individualmente com as equipes, mediante assinatura de contratos específicos e pagamento do preço negociado com cada interessado”, explica Carlos Ambiel,