O jornalista Diogo Olivier, em coluna na GZH, divulgou sua opinião sobre o aumento do limite de estrangeiros no futebol brasileiro. Em pouco mais de um ano, o número subiu de cinco para nove. Diante disso, existe um alerta para que os jogadores formados nas categorias de base sejam menos utilizados pelos gestores.
“É simplismo atribuir o não aproveitamento da base ao aumento do limite de estrangeiros nos clubes brasileiros, que subiu de cinco para nove em pouco mais de um ano. A questão é mais complexa. Exibe mais camadas. Muito antes dessa invasão, motivada por razões financeiras, a gurizada já era negligenciada”, afirma Olivier.
Para explicar a continuidade da falta de oportunidades para a base, Diogo utilizou o Inter e o Grêmio como exemplo. Ele citou a preferência por Baralhas na vaga de Matheus Dias pelo lado vermelho, enquanto o Tricolor usava Reinaldo no lugar de Cuiabano.
“Na hora do aperto para fazer time ligeiro e atenuar cobranças, alimentadas no tribunal das redes sociais, os técnicos queriam cascudos. Ainda pedem. Brasileiríssimos cascudos. As direções aceitam. Baralhas, em vez de Matheus Dias. Reinaldo, em vez de Cuiabano”, salientou o comunicador.
Diogo Olivier fala sobre xenofobia no Brasil
O jornalista Diogo Olivier ainda citou que, por trás dos comentários sobre a diminuição do número de estrangeiros no Brasil, existe uma distância pequena para a xenofobia. No entanto, de acordo com ele, os bons dirigentes vão lidar bem com as mudanças.
“O bom gestor, seja qual for o limite de estrangeiros, preservará o espaço da base em seu clube, tirando proveito técnico de um jogador barato e depois vendendo por milhões para a Europa. Isso sem falar na fronteira tênue da xenofobia, que pode ser ultrapassada quando culpamos outro idioma por males produzidos por nós mesmos, na nossa aldeia”, disse Olivier.