Os três clubes do Rio Grande do Sul que estão disputando o Brasileirão, Inter, Grêmio e Juventude, fizeram de tudo para paralisar o campeonato por causa das enchentes que estão devastando o estado, mas não conseguiram por terem sido impedidos por clubes de outros estados, que defenderam os seus interesses e deixaram a questão humana de lado.
Um dos clubes foi o São Paulo, que não quis paralisar a competição e finalmente deu explicações para ter tomado esta posição. Em entrevista, Júlio Casares, que é presidente do Tricolor Paulista, explicou as razões para ter sido contra o pedido dos três clubes.
“O grande jogo, que não deve parar, é o da solidariedade. Esse é o gol de placar. A indústria do futebol é muito importante. Claro que existe uma dor nacional, mas temos que agir com muita razão e cautela. Parar duas rodadas ajuda no que? Ou isso é um simbolismo? Se for simbolismo, ele está aqui”, afirmou Casares.
“O futebol pode continuar, garantindo aos clubes do Rio Grande do Sul, Juventude, Grêmio e Internacional, todas as condições de equiparação esportiva. Que eles tenham um calendário adequado, que o campeonato se estenda, que se preparem mais. Quem sabe a CBF comece a trabalhar em um grande fundo para ajudar na reconstrução dos clubes, como dos gramados. A CBF poderia ser a condutora disso”, completou o dirigente.
O Inter está tentando definir até o fim desta semana o local que servirá de nova sede enquanto o Parque do Gigante e o Beira-Rio se recuperam das enchentes. A diretoria do Inter acredita que precisará mandar partidas em uma nova sede por cerca de 45 dias.