A apresentação de Thiago Galhardo no Fortaleza foi como uma bomba. O centroavante deu fortes declarações, principalmente falando sobre os motivos que o levaram a sair do Internacional e atuar na nova equipe. “Acontece que eu quis sair. Mesmo com o clube pedindo pra eu voltar. Muitas pessoas me ligaram. Jogadores e funcionários, funcionários que tem poder de decisão. Mas eu preferi não voltar, porque tive um problema com um jogador que não tem caráter, sem personalidade”, afirmou o atacante em tom polêmico.
Acontece, que antes mesmo da ida para o Fortaleza ser sacramentada, nos bastidores do Beira-Rio já era um consenso o desejo em não contar com Thiago Galhardo. A ligação, citada por Galhardo por um “funcionário com poder de decisão”, aconteceu há cerca de 2 meses. Foi o executivo William Thomas quem entrou em contato com o centroavante para saber as condições dele no Celta de Vigo. Naquele momento, se cogitou o retorno de Galhardo. Mas a postura do jogador, deixando claro que não estava disposto a aparar arestas que fizeram com que ele saísse do Inter no primeiro momento, fez o Inter rapidamente desistir desta ideia.
Mano Menezes foi um dos que, nos bastidores, concordava com a tese de que o melhor para todos era que Galhardo seguisse sua carreira. Dentro disto, o Inter passou a ajudar o jogador e o empresário no objetivo de encontrar um novo destino para ele. A indisposição com lideranças no vestiário, problemas de relacionamento com dirigentes eram os principais motivos alegados para que o ambiente que Galhardo traria não fosse desejado.
Desta forma, veio a oportunidade do Fortaleza. Que todos abraçaram. “Foi um ótimo negócio. Ninguém queria ele aqui: vestiário, comissão técnica, direção, nem ele queria jogar aqui.”
Um bom negócio, de fato. Mas não foi uma decisão única de Galhardo que “deixou o Inter na mão”. No Beira-Rio, também não se queria Galhardo.